CEJ Santa Marina

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Blog oficial da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus e Santa Marina

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fé e consciência ambiental no dia de Nossa Senhora Aparecida

Fé e consciência ambiental marcaram a comemoração do dia de Nossa Senhora Aparecida na Arquidiocese de São Paulo. Como acontece desde 2004, uma procissão fluvial pelo Rio Tietê comemorou, na manhã desta quarta-feira, a festa da padroeira do Brasil.
Foto: Luciney Martins
Esta procissão faz parte do projeto Tietê Esperança Aparecida que tem, além do aspecto religioso, o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do trabalho de despoluição e revitalização do rio que corta o Estado de São Paulo. Em seguida, o arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, presidiu uma missa com a presença da imagem peregrina, na Paróquia São Luiz Gonzaga, em Pirituba, zona oeste da cidade.

A peregrinação da imagem começou no dia 22 de setembro, partindo do Santuário Nacional de Aparecida, e seguiu por vários municípios, entre os quais, Salesópolis – local da nascente do Tietê – Biritiba Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.

A comemoração começou às 5h30 da manhã com uma cerimônia em frente à Igreja Matriz de Sant’Ana, na cidade de Santana do Parnaíba. Logo depois, a imagem foi levada em uma embarcação pelo rio até a Ponte do Piqueri. Já na Marginal do Rio Tietê, em São Paulo, foi trazida pelo padre Palmiro Carlos Paes, pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga e idealizador do projeto. A imagem foi acolhida pelo bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal da Região Brasilândia, dom Milton Kenan Junior.

Deste ponto, a procissão seguiu em carreata até a Paróquia São Luiz Gonzaga. Na procissão de entrada, jovens com os rostos pintados e estendendo um tecido escuro simbolizavam a poluição do Rio Tietê. Também entraram dois vasos, um com água limpa e outro com a água poluída do próprio rio.

No início da homilia, dom Odilo, ao se referir sobre água suja do rio trazida na procissão, afirmou que poluição é uma “vergonha para a cidade”. “Quando será que o Tietê vai ficar bonito de novo, vai ter peixe, vai ter vida?”, indagou.

Foto: Luciney Martins
Ao falar às crianças, cujo dia também foi comemorado nesta data, o cardeal ressaltou que é preciso preservar a natureza para o futuro dessas crianças. “É para estes pequeninos que devemos cuidar bem das águas, das plantas, do ar, das casas, das ruas, do convívio social. Eles têm o direito de herdar de nós um mundo melhor”, disse.

Dom Odilo também chamou a atenção para a corrupção existente no país, fazendo uma comparação com a “água corrompida” do rio, que precisa ser recuperada da mesma forma que a corrupção, não apenas na política, mas também nos costumes e na vida do ser humano.

“[A corrupção] é como a água suja do Tietê. Não gera vida, não é coisa boa”, disse dom Odilo, pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida por todos os brasileiros, pelos responsáveis pelo governo, pela legislação, pela administração do bem público, pela aplicação da justiça. “Que Deus desperte no coração de muitos brasileiros o desejo de ajudar a construir positivamente o nosso país”.

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