CEJ Santa Marina

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Blog oficial da Paróquia Coração Eucarístico de Jesus e Santa Marina

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Bispos defendem a luta e as causas dos afrodescendentes



O compromisso com a promoção e a dignidade dos afrodescendentes foi colocado sob o altar na missa desta quarta-feira, 17, durante a 51ª Assembleia Geral da CNBB, no Santuário Nacional.

A Celebração Eucarística foi presidida pelo bispo de São Mateus (ES), dom Zanoni Demettino  de Castro.

No início da missa, o bispo da Diocese de Guarapuava (PR), dom Antônio Wagner da Silva leu uma mensagem fazendo memória aos 125 anos da Leia Áurea, do fim de uma luta e inicio de outra em busca dos direitos dos negros.

De acordo com dom Antônio Wagner, atualmente existe mais de 30 bispos afrodescendentes entre o episcopado brasileiro.

Em sua homilia, dom Zanoni Demettino destacou as batalhas do povo negro na história, o sofrimento durante o período da escravidão e as suas lutas atuais.

“No primeiro momento do dia, nos reunimos no Santuário da mãe negra, Nossa Senhora Aparecida, oferecendo no altar do Pai as alegrias e dores do povo negro. Somos descendentes daquele povo que foi arrancado de suas terras, um povo que constitui as nossas raízes e ao Senhor confiamos o seu cuidado”, afirmou.

Dom Zanoni ainda ressaltou que embora vivamos em um tempo novo ainda precisamos lutar pela causa dos afrodescendentes e pela Pastoral Afro-Brasileira.

O bispo lembrou entre tantas lutas, a Batalha do Cricaré, um dos mais sangrentos massacres promovido pelos portugueses contra índios Tapuias. Aconteceu no Rio São Mateus, também conhecido como Cricaré, atualmente município de São Mateus, onde é bispo diocesano.

“Esse infeliz episódio é narrado pelo beato José de Anchieta, que fundou a cidade de São Mateus”, destacou.

“Agradeço a Deus, colocando no seu Altar a vida de tantos irmãos e irmãs afrodescendentes que testemunharam em sua vida a fé que receberam. As consequências dos 300 anos de escravidão ainda não foram reparadas. Ainda nos nossos dias convivemos com a discriminação no trabalho, na escola, nas relações cotidianas”, acrescentou.
“Peçamos a Deus, com a intercessão da soberana Mãe de Deus, a Senhora Aparecida, pelo compromisso com o povo negro”, concluiu.

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