O
Brasil foi escolhido para receber o próximo encontro do episcopado Lusófono, no
período de 23 a 28 de julho de 2016, no Santuário Nacional de Aparecida (SP).
Entre as decisões que resultaram da reunião realizada em Angola, de 21 a 27 de
julho, os bispos apontaram algumas preocupações no relatório final, como
indicações pastorais para "o cuidado pastoral da família e de todas as
problemáticas que a envolvem", como também a proteção da vida,
"promoção humana" e "dignidade da pessoa humana, bem comum,
subsidiariedade e solidariedade".
A
proposta do encontro foi fortalecer a comunhão eclesial, a partir da promoção e
cooperação entre as comunidades e a fidelidade à identidade católica lusófona.
O Brasil foi representado pelo arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno
Assis, e pelo bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom
Leonardo Ulrich Steiner.
Propostas
Durante
o encontro, o episcopado lusófono debateu os desafios, as urgências e as
soluções que a Igreja enfrenta nos diversos países. Os bispos destacaram
algumas orientações como a necessidade de continuar a fazer uma análise
rigorosa e competente sobre as situações concretas em que a Igreja está
profeticamente presente, irradiando com mais eficácia à luz transformadora do
Evangelho de Cristo.
Apontaram,
também, a urgência de cuidar da evangelização na sua ligação profunda com a
promoção humana; atender às situações de pobrezas, dando resposta a partir do
estudo das suas causas e soluções, em diálogo constante com a sociedade e o
Estado; encorajar a presença e ação dos leigos nas várias áreas de intervenção
na sociedade, nomeadamente nos campos social, econômico e político.
Missão permanente
Os
bispos pedem que haja maior incentivo à dimensão ética na economia e na gestão,
capaz de transformar por dentro uma economia que muitas vezes provoca a
exclusão e o sofrimento dos mais fracos; cooperação com outras Igrejas Cristãs
e outras religiões, a importância do diálogo ecumênico e inter-religioso em
vista de iniciativas comuns e o cuidado da Igreja em continuar em estado
permanente de missão.
Entre
os desafios relatados pelo episcopado lusófono foi sugerido maior valorização e
a divulgação da Bíblia em todos os setores das Igrejas particulares, o cuidado
pastoral da família e de todas as problemáticas que a envolvem e a atenção
orante e pastoral às vocações ao sacerdócio e de especial consagração.
Há
desejo também de intensificar a presença da Igreja nas universidades, a partir
da formação de uma pastoral universitária mais articulada e em rede; a abertura
da Igreja a todas as problemáticas da vida digna e plena para todos e em todas
as fases da vida e a defesa da paz e da justiça, da igualdade e da liberdade
nos vários setores da vida da sociedade.