O mundo se prepara para um evento histórico e inédito na Igreja Católica:
a canonização de dois papas: João XXIII e João Paulo II, a ser realizada no próximo
domingo, 27 de abril, em
Roma. Os dois papas eram simples, gostavam de estar perto dos
jovens e tinham muito senso de humor.
Angelo Giuseppe Roncalli, o Papa Bom, foi o homem que modernizou o
catolicismo no século XX ao convocar o Concílio Vaticano II. A simpatia de João
XXIII ficou conhecida no primeiro Natal dele como Papa, quando visitou crianças
doentes em um hospital e foi confundido com Papai Noel. Ele era do tipo que
gostava de surpresa, apertava diretamente a campainha pra visitar alguém.
Às vezes o Papa Francisco se inspira em João XXIII. E se
ele, Jorge Bergoglio, tivesse sido eleito no conclave anterior, que escolheu o
Papa Ratzinger, teria se chamado João XXIV.
O pontificado de João XXIII durou menos de seis anos. Em 1958, quando
foi eleito, os papas ainda se vestiam como reis. O italiano fez de tudo para se
livrar da cadeira gestatória, que tanto o constrangia, mas foi João Paulo II
que a aboliu, ao assumir a herança de Pedro.
Primeiro papa eslavo, João Paulo II levou o evangelho para os lugares
mais remotos da terra, beijando o chão de cada país. Visitou o Brasil quatro
vezes e, com um jeito brincalhão, declarou: “Se Deus é brasileiro, o Papa é
carioca”.
O cardeal Camilo Ruini, que trabalhou ao lado dele como o vigário de
Roma, afirmou que as situações cômicas divertiam muito João Paulo II, que
também adorava cantar.
Joao Paulo II teve dois milagres reconhecidos pelo Vaticano: a cura do
mal de parkinson de uma freira francesa e de um aneurisma cerebral de uma
mulher da Costa Rica. Para João XXIII foi dispensado o milagre da canonização,
tão grande é a admiração que Francisco tem por ele.
O Papa convidou Bento XVI para participar da cerimônia. Assim, este
domingo poderá entrar para a história como o dia dos quatro papas.
Fonte: Ilze Scamparini,/ Bom Dia Brasil
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